Humanos que somos, nem sempre temos a inspiração necessária para escrever. Foi o que aconteceu comigo nesta semana. Além do tempo, faltou consistência no texto. Semana que vem acerto. O texto será A MATRACA NOSSA DE CADA DIA. Em época de muitos discursos, de prévias e exibicionismos vamos tentar refletir sobre as questões de representação.
Enquanto não chega o dia, fiquemos com um belo texto de Zeca Baleiro. Trata-se de 'Minha Casa', música do belo CD Líricas (2000).
É mais fácil cultuar os mortos que os vivos
Mais fácil viver de sombras que de sóis
É mais fácil mimeografar o passado
Que imprimir o futuro
Não quero ser triste
Como o poeta que envelhece
Lendo Maiakóvski na loja de conveniência
Não quero ser alegre
Como o cão que sai a passear
Com o seu dono alegre
Sob o sol de domingo
Nem quero ser estanque
Como quem constrói estradas e não anda
Quero no escuro
Como um cego tatear estrelas distraídas
(...)
30 abril 2005
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