22 setembro 2008

GRAVIDADE 2 - a foto

22 setembro 2008 3

Levi Nauter





A cada dia ficamos mais ansiosos para termos nossa criança ao nosso redor.
Agora é fato. A Lu realmente está grávida; de uma única criança (quantos gêmeos nascem nesse mundo?). Ainda não sabemos o gênero, mas isso é o que menos importa.
Ele tem o tamanhão de 2 centímetros e tem feito um belo estrago lá por casa. A Lu anda enjoando tudo aquilo de que mais gostava até a gravidez. Tenho curtido tudo isso com a curiosidade de uma criança. Tudo é uma novidade, uma santa novidade.

Essa criança foi tremendamente esperada.

Que venha logo!!!

01 setembro 2008

GRAVIDADE – criança feliz

01 setembro 2008 3
Levi Nauter



GRAVIDADE

A janela abrirá devagarinho:

fará nevoeiro e tu nada verás...

Hás de tocar, a medo, a campanhia

e, silenciosa, a porta se abrirá.

Mário Quintana1




Nesta semana tive, até agora, a melhor notícia já recebeida.

Eu e a Lu, a mulher da minha vida, estamos grávidos. Ainda não fizemos os exames definitivos, por assim dizermos; porém, os realizados indicam aquilo que esperamos há um bom tempo. Um filho ou uma filha está a caminho.

A alegria é indizível. Faltam-me palavras para expressar um sentimento guardado por anos – alguns deles por opção. Quando desconfiamos desse momento, nos abraçamos e a emoção tomou conta. Além disso, ao longo da semana recebi muitos abraços e felicitações, outra novidade pra mim. Nenhuma pessoa me desejou sorte; ninguém disse “criar filhos é difícil”. Apenas sorrisos, apenas alegrias. A vida é maior e compensa qualquer eventual esforço.


Exatamente hoje, 01-09, a Lu completa 36 anos. Há presente melhor que receber um filho ou uma filha? Estamos muito felizes. Se tudo correr bem, em maio será a minha vez de ter como presente o nascimento da criança. Aniversários assim são presentes do maravilhoso e gracioso Deus.


Nossos sentimentos se misturam – o texto parece truncado, não sai da mesmice. Mas a felicidade tem disso: a gente ri, e os assuntos giram em torno da razão da felicidade. Por vezes ficamos apreensivos em como educar uma criança; noutros momentos pensamos que isso será o de menos. Como dar conta de tantos compromissos e ainda atender uma criança que depende da gente? Sei lá, sei apenas que desejamos muito tê-la.


Ficamos imaginando o rosto (com quem será parecida?), o cheirinho. Sentimo-nos – guardadas as devidas proporções – como se fôssemos deuses: estamos fazendo uma mistura de nós dois que resultará numa singularidade: ou no João Vitor ou na Maria Flor. A euforia toma conta.

De minha parte, quero escrever um texto mensal até o seu nascimento, compartilhando os acontecimentos dessa fase. Posso adiantar que também ando enjoando – eu que tanto ria de quem contava histórias parecidas. Também me parece ótimo notar a Lu com algumas sensações estranhas: achando horrível o cheiro do café e de alguns perfumes, entre outras.

Também é minha intenção ser um bom pai. Conversar muito com o filho ou filha. Não intento que a criança tenha medo de mim. Quero dar muitos abraços, muitos beijos, dizer a toda hora que a amo e que ela foi muito desejada.

Depois conto mais.




1 QUINTANA, Mário. Nariz de vidro. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2003.



 
LEVI NA INTERNET ◄Design by Pocket, BlogBulk Blogger Templates