26 agosto 2006

DE VOLTA, UM TANTO DESESPERANÇADO

26 agosto 2006 3
É bom estar de volta. Depois de um longo período de repouso necessário, cá estou. Neste meio tempo terminei meus estudos formais, pois entendo que é necessário sempre estudar a fim de que nossa mente continue produzindo idéias. Ou seja, ainda estudo, só que por conta própria ou, como diriam os que amam a linguagem contemporânea, estudo com autonomia. Não que eu não seja adepto da formalidade, ao contrário, sou e muito. Mas num blog prefiro deixar isso de lado; prefiro manter o linguajar num texto cujo destino seja pessoas mais formais. Afinal, a vida já tem suas formalidades e aonde pudermos quebrá-las pode ser bom.
Também nesse meio tempo acalmei minhas ânsias da perda. Perder minha mãe foi duro e, ao mesmo tempo, um convite para avanços que, penso, ela ficaria satisfeita em saber. Ainda nesse tempo adquiri um lugar mais calmo para morar minha amada a partir de 2007. Espero conseguir fazer daquele canto um canto de amor, aconchegante e, sobretudo, um lugar de diálogo com os amigos cujas afinidades também pediam um canto para virem à tona.
Mas há, em alguns momentos, uma desesperança. Estou desiludido com a política-partidária. Para mim, pelo menos por ora, os políticos não deveriam existir. Não se interessam pela causa brasileira, não têm projetos consistente para o país - apenas projetos eleitoreiros, a curto prazo. Incrivelmente descobrem meu endereço e, infelizmente, recebo todos os dias seus "santinhos". Mais incrível é saber que tudo isso, após a eleição, acaba. Ninguém saberá e estará se mixando para o que eu penso ou deixo de pansar - se já não é assim desde agora.
Outro motivo, ao menos momentâneo, de desesperança está na igreja-instituição. Nela vejo líderes cuja preocupação está centrada no encher os templos, aumentar os dízimos e ofertas e continuar perpetuando um evangelho de nicho mercadológico. Mensagens focalizadas na auto-ajuda regadas a músicas alienantes, embalando grupos de dança que mais aproveitam para extravasar suas inquietudes que não podem ser satisfeitas com perguntas. Perguntar é ser rebelde. Rebelde, aliás, que está em alta. Claro que nem todos os grupos são assim. Mas, devo dizer, que aqueles criados no pano de fundo "esses jovens têm de fazer alguma coisa" estão fadados a serem mais um. Pois louvar e adorar vai mais além do que se apresentar.
A igreja-instituição que me perdoe (se quiser), mas por agora que distância. Cansei de ser mais um crente.
Já volto!
 
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