31 julho 2007

A DIFÍCIL [e maravilhosa] ARTE DE ESCOLHER

31 julho 2007 0
Levi Nauter


Sempre tive dificuldades em tomar decisões, em fazer escolhas. É sempre um risco essa tarefa. O melhor seria viver uma vida mais tranqüila, mais amena. No entanto, a vida é uma escolha. Ao menos parece-me.
Nesse final de semana fiquei enrrascado. Entrei em pelo menos três boas livrarias de Porto Alegre.
Nelas, tive dificuldades para escolher o que comprar, como ter o melhor preço, ter um livro valioso. Havia livros por toda a parte. Era quase possível tropeçar no objeto de meu desejo. Folhei vários, cheirei outros; senti o ventinho que faz ao folharmos todas as páginas num só ato. O que levar? Mas, com esse preço, será que não compro algo melhor? e por ai fui...
A mulher que roubava livros, de Zusak, será uma boa? E se adquirisse 101 dias em Bagdá, da Seierstad? E os meus alunos? Que obra posso comprar para melhor me sair nas aulas? Não tive respostas. E ao meu lado, como que me beliscando, Llosa, Márquez, Saramago, Borges, Huxley, Betancur, Gaarder. Também tinham os cristãos mais clássicos, aqueles que escrevem tudo o que a gente já sabe. Havia os auto-ajuda que, apesar de também sabermos do que tratam, faz-nos, às vezes, pensar: e se fosse verdade? Encontrei os cristãos que andam me atraindo mais ultimamente: o Steven, com o seu A espiritualidade na prática; o sempre bom Gondim, com O que os evangélicos [não] falam. Vi, mas não compraria no estágio em que estou, os pretendentes a baluartes da verdade, Charles Colson e Nancy Pearcey (ah, se essa gente protestasse contra seus atuais governantes).
Fiquei balançado com os filósofos Heidegger e Martin Buber, entre tantos outros.
O que fiz? Não comprei livro.
Apelei para a música, pensando que seria mais fácil. Ledo engano.
Encontrei muitos dos artistas que gosto, dos que têm alma, letra, cabeça, estudo, enfim, prestam. Não foi fácil escolher entre as maravilhosas Mônica Salmaso, Teresa Cristina, Rita Ribeiro, Céu, Zélia Duncan, Dona Ivone Lara, Olivia Hime, Olivia Byington, Bebel Gilberto, o Guinga, Zé Renato, Paulo Moura, Yamandú. Foi difícil.
Para terminar, acabei escolhendo a gata, a linda, a morena com a cor e o cabelo do Brasil: Vanessa da Mata. O CD Sim continua com a pesquisa de sons vocálicos do Essa boneca tem manual. Depois da Lu, a voz que mais ouço é a dela. Disse sim à Vanessa. Que voz dessa mulher!
Ouçam, vale a pena.
Estou cativado pela música Pirraça, dela e de Kassin. As fotos do conterrâneo Gringo Cardia, mais uma vez, como era de se esperar, ficaram lindas. Que arte!!!
Beijos,
vou ouvir música.

25 julho 2007

A CASA 2

25 julho 2007 0
Levi Nauter



Mais uma etapa dos trabalhos cumprida. Já temos luz em nosso futuro lar. O matagal já faz parte do passado, relembrado pelas fotos. É estimulante olhar para um terreno outrora cheio de mato e imaginar a casa por que tanto sonhamos e tanto poupamos financeiramente. É emocionante. Para alguns, como o operador da máquina, talvez, seja apenas mais um terreno. Para mim e para a Lu é a concretização de um sonho. E estamos buscando vivê-lo da melhor forma possível.
O ambiente nesse dia foi tumultuado. Estavam por lá dois caminhões, uma máquina ‘retro’, meu carro, o carro do responsável pela construção, o da engenheira, o do responsável pelas micro-estacas, além da moto do senhor que fará o poço artesiano. Parecíamos chiques, endinheirados. Tudo saiu nos conformes, dentro do previsto. Não houve um tumulto sequer. Até desconfiamos.
Estamos impressionados é com os preços. Tudo é caro. O salário da gente não sobe, mas os materiais de construção parecem subir pelo menos uma vez por mês. Outro dado interessante sobre isso é o quanto há de diferença de preço de uma madeireira para outra. A diferença em alguns produtos é de até cem reais. Um absurdo. O pessoal desse ramo parece imaginar que dinheiro dá em árvore.
Hoje fomos pesquisar preços de louças, cerâmica, entre outras necessidades de construção. Mais estarrecimentos com preços. O sonho tem dado força, bem como a confiança nas pessoas com as quais fizemos acertos. Também hoje conseguimos almoçar em casa, poupamos um troco importante. Todo o dinheiro poupado pode ser revertido em alguma coisa (uma guia, uma telha, um saco de cimento, pregos etc).
Quero acompanhar a marcação da obra, outra etapa completamente nova pra mim e sobre a qual estou curioso. Meu negócio até bem pouco tempo era apenas ler muito, escrever e dar aulas. Agora, tudo isso – mais ligar para o cara da areia, da brita, da lage, do cimento; falar com vizinhos. Tudo pelo social. Ou melhor, tudo para pagar mais barato.
Está sendo uma aula. Fico observando aqueles senhores, aparentemente, sem nenhum estudo acadêmico e, apesar disso, dando-me um banho de sabedoria, de experiência, de esperteza. Eles são muito rápidos nos cálculos. Ainda bem que a Lu sabe bastante de contas, principalmente a pagar. Meu negócio é dizer “concordo” ou “discordo”, nada mais.

Depois conto mais.

24 julho 2007

A CASA 1

24 julho 2007 0



Levi Nauter










A partir de hoje, inicio uma série de textos extremamente pessoais tratando a respeito de um grande sonho meu e da Lu – meu amor. Demos o pontapé inicial no sonho da casa própria. Estamos muito felizes, ansiosos, com uma estranha alegria e nervosismo. Porém, tudo está sendo bem encaminhado, dando certo.
Nossa maior satisfação é estranhamente, graças a Deus, acompanhada de reflexão, de questionamento: quantas pessoas gostariam de realizar o nosso sonho? Quantos poderão fazer o que estamos tendo a oportunidade?
A resposta está em que pagamos um preço. Por vários anos deixamos de fazer o que gostaríamos para focalizar nossos objetivos. Deixamos de comer fora, de comprar uma roupa melhor, de passearmos mais, de ir a lugares mais distantes (nacionais e internacionais). Tínhamos um foco. Penso que estamos colhendo os frutos.
Particularmente, estou vivendo um momento especial nas relações interpessoais. Estou tendo que negociar. Eu que nada sei de números, de contas, de cifras, estou aprendendo a negociar, a pechinchar.


Hoje medimos alguns lugares. Tive de encontrar alguém para a terraplanagem, para aterro, para a limpeza geral do pátio. Em seguida chegou a vez da primeira negociação com a madeireira. Foi legal. Saímos de casa cedo, chegamos à noite. Isso não estava no ‘script’.
Amanhã será a vez de negociar algumas “pendências” com a Engenheira, além de preços com o pessoal do poço artesiano, das micro-estacas, da retro. Teremos de rodar na busca do melhor preço. E será um prazer, junto com a esposa, correr atrás de um sonho do qual – agora sim – parecemos mais próximos.
Depois conto mais.

01 julho 2007

profecia bezerrana

01 julho 2007 1
Levi Nauter




Se vocês estão a fim de prender o ladrão
Podem voltar pelo mesmo caminho
O ladrão está escondido lá embaixo
Atrás da gravata e do colarinho




Bezzera da Silva
 
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