Mostrando postagens com marcador casa própria. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador casa própria. Mostrar todas as postagens

24 outubro 2008

luxo só

24 outubro 2008 0

Levi Nauter


Minha querida amiga Liliane Barsante, com quem tive o privilégio de estudar, escreveu um belo texto sobre esse (pseudo)conforto alardeado pelas empreiteiras e, não esqueçamos, subscrito pelo Estado – Caixa, por exemplo. Leiam, vale a pena: http://intransitiva.blogspot.com


Quando pensamos em onde morar, aproximadamente há um ano e meio, fomos visitar alguns lugares. Vivemos isso na prática. Cheguei ao ponto de dizer: “só um pouquinho, quanto custa sem isso tudo?”.

Graças a Deus, adquirimos um modesto terreno num lugar no qual a felicidade não mora. Por ora, não tenho cerca ao redor do pátio. Assim é que tenho de manter contato com meus vizinhos. E isso é ótimo. Tem sido uma experiência maravilhosa conversar com eles; fazer 'ponte' na bateria do carro, combinar carona, tomarmos um suco e, em época de gravidez, ganhar revistas e paparicos (isso é o que a Lu tem vivido).

E tem mais: qual a razão de tanto conforto sem o saudável suor do dia-a-dia? Por que é necessário espaço pra isso ou pra'quilo? Que monótono deve ser a vida sem suor, sem o esforço, sem as devidas opções de escolha que nos deixam genteficados. Reitero que tem sido uma bela experiência cortar grama, capinar, carregar tábua, comprar materiais de construção, dormir tarde, acordar cedo, dar um beijo na Lu antes de sair de casa, não ter bateria no carro, ter de ser um pouco pedreiro, um pouco jardineiro, um pouco bisbilhoteiro, um muito cansado.

Mas o melhor de tudo é acordar às 5h da manhã e, uma hora depois, encontrar esse presente divino que coloquei acima. O sol estava nascendo sob o fundo musical dos pássaros. Ou seja, às vezes a felicidade me encontra pelo caminho – graças a Deus.


25 julho 2007

A CASA 2

25 julho 2007 0
Levi Nauter



Mais uma etapa dos trabalhos cumprida. Já temos luz em nosso futuro lar. O matagal já faz parte do passado, relembrado pelas fotos. É estimulante olhar para um terreno outrora cheio de mato e imaginar a casa por que tanto sonhamos e tanto poupamos financeiramente. É emocionante. Para alguns, como o operador da máquina, talvez, seja apenas mais um terreno. Para mim e para a Lu é a concretização de um sonho. E estamos buscando vivê-lo da melhor forma possível.
O ambiente nesse dia foi tumultuado. Estavam por lá dois caminhões, uma máquina ‘retro’, meu carro, o carro do responsável pela construção, o da engenheira, o do responsável pelas micro-estacas, além da moto do senhor que fará o poço artesiano. Parecíamos chiques, endinheirados. Tudo saiu nos conformes, dentro do previsto. Não houve um tumulto sequer. Até desconfiamos.
Estamos impressionados é com os preços. Tudo é caro. O salário da gente não sobe, mas os materiais de construção parecem subir pelo menos uma vez por mês. Outro dado interessante sobre isso é o quanto há de diferença de preço de uma madeireira para outra. A diferença em alguns produtos é de até cem reais. Um absurdo. O pessoal desse ramo parece imaginar que dinheiro dá em árvore.
Hoje fomos pesquisar preços de louças, cerâmica, entre outras necessidades de construção. Mais estarrecimentos com preços. O sonho tem dado força, bem como a confiança nas pessoas com as quais fizemos acertos. Também hoje conseguimos almoçar em casa, poupamos um troco importante. Todo o dinheiro poupado pode ser revertido em alguma coisa (uma guia, uma telha, um saco de cimento, pregos etc).
Quero acompanhar a marcação da obra, outra etapa completamente nova pra mim e sobre a qual estou curioso. Meu negócio até bem pouco tempo era apenas ler muito, escrever e dar aulas. Agora, tudo isso – mais ligar para o cara da areia, da brita, da lage, do cimento; falar com vizinhos. Tudo pelo social. Ou melhor, tudo para pagar mais barato.
Está sendo uma aula. Fico observando aqueles senhores, aparentemente, sem nenhum estudo acadêmico e, apesar disso, dando-me um banho de sabedoria, de experiência, de esperteza. Eles são muito rápidos nos cálculos. Ainda bem que a Lu sabe bastante de contas, principalmente a pagar. Meu negócio é dizer “concordo” ou “discordo”, nada mais.

Depois conto mais.

24 julho 2007

A CASA 1

24 julho 2007 0



Levi Nauter










A partir de hoje, inicio uma série de textos extremamente pessoais tratando a respeito de um grande sonho meu e da Lu – meu amor. Demos o pontapé inicial no sonho da casa própria. Estamos muito felizes, ansiosos, com uma estranha alegria e nervosismo. Porém, tudo está sendo bem encaminhado, dando certo.
Nossa maior satisfação é estranhamente, graças a Deus, acompanhada de reflexão, de questionamento: quantas pessoas gostariam de realizar o nosso sonho? Quantos poderão fazer o que estamos tendo a oportunidade?
A resposta está em que pagamos um preço. Por vários anos deixamos de fazer o que gostaríamos para focalizar nossos objetivos. Deixamos de comer fora, de comprar uma roupa melhor, de passearmos mais, de ir a lugares mais distantes (nacionais e internacionais). Tínhamos um foco. Penso que estamos colhendo os frutos.
Particularmente, estou vivendo um momento especial nas relações interpessoais. Estou tendo que negociar. Eu que nada sei de números, de contas, de cifras, estou aprendendo a negociar, a pechinchar.


Hoje medimos alguns lugares. Tive de encontrar alguém para a terraplanagem, para aterro, para a limpeza geral do pátio. Em seguida chegou a vez da primeira negociação com a madeireira. Foi legal. Saímos de casa cedo, chegamos à noite. Isso não estava no ‘script’.
Amanhã será a vez de negociar algumas “pendências” com a Engenheira, além de preços com o pessoal do poço artesiano, das micro-estacas, da retro. Teremos de rodar na busca do melhor preço. E será um prazer, junto com a esposa, correr atrás de um sonho do qual – agora sim – parecemos mais próximos.
Depois conto mais.
 
LEVI NA INTERNET ◄Design by Pocket, BlogBulk Blogger Templates