25 julho 2007

A CASA 2

25 julho 2007
Levi Nauter



Mais uma etapa dos trabalhos cumprida. Já temos luz em nosso futuro lar. O matagal já faz parte do passado, relembrado pelas fotos. É estimulante olhar para um terreno outrora cheio de mato e imaginar a casa por que tanto sonhamos e tanto poupamos financeiramente. É emocionante. Para alguns, como o operador da máquina, talvez, seja apenas mais um terreno. Para mim e para a Lu é a concretização de um sonho. E estamos buscando vivê-lo da melhor forma possível.
O ambiente nesse dia foi tumultuado. Estavam por lá dois caminhões, uma máquina ‘retro’, meu carro, o carro do responsável pela construção, o da engenheira, o do responsável pelas micro-estacas, além da moto do senhor que fará o poço artesiano. Parecíamos chiques, endinheirados. Tudo saiu nos conformes, dentro do previsto. Não houve um tumulto sequer. Até desconfiamos.
Estamos impressionados é com os preços. Tudo é caro. O salário da gente não sobe, mas os materiais de construção parecem subir pelo menos uma vez por mês. Outro dado interessante sobre isso é o quanto há de diferença de preço de uma madeireira para outra. A diferença em alguns produtos é de até cem reais. Um absurdo. O pessoal desse ramo parece imaginar que dinheiro dá em árvore.
Hoje fomos pesquisar preços de louças, cerâmica, entre outras necessidades de construção. Mais estarrecimentos com preços. O sonho tem dado força, bem como a confiança nas pessoas com as quais fizemos acertos. Também hoje conseguimos almoçar em casa, poupamos um troco importante. Todo o dinheiro poupado pode ser revertido em alguma coisa (uma guia, uma telha, um saco de cimento, pregos etc).
Quero acompanhar a marcação da obra, outra etapa completamente nova pra mim e sobre a qual estou curioso. Meu negócio até bem pouco tempo era apenas ler muito, escrever e dar aulas. Agora, tudo isso – mais ligar para o cara da areia, da brita, da lage, do cimento; falar com vizinhos. Tudo pelo social. Ou melhor, tudo para pagar mais barato.
Está sendo uma aula. Fico observando aqueles senhores, aparentemente, sem nenhum estudo acadêmico e, apesar disso, dando-me um banho de sabedoria, de experiência, de esperteza. Eles são muito rápidos nos cálculos. Ainda bem que a Lu sabe bastante de contas, principalmente a pagar. Meu negócio é dizer “concordo” ou “discordo”, nada mais.

Depois conto mais.

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