02 abril 2005

NÃO ME IMPORTA, Levi em 2004 - para uma amiga: AM

02 abril 2005
Pouco me importa em relação ao que os outros dizem
Não me interessa se agrado ou não
Não nasci pra agradar
Não nasci pra falar certinho
Não nasci pra ser elite, nem elitizante
Pouco me importam os belos discursos
Tanta gente há que diz e não faz
Ou que faz e não diz
Ou nem fazem nem dizem

Não me importa os inoportunos
Que se danem eles, quero aproveitar as oportunidades
Quero ser hoje mais feliz que ontem

Como é fácil falar, como é difícil fazer
Por isso mais se fala e menos se faz
Pior é saber disso e continuar agindo igual
Do que adianta a idade, os cabelos mudando de cor
E se a prática continua arcaica?
De um tempo em que vivíamos como mudos
Andávamos como coxos
Pedindo licença pra tudo
Tempo em que a criação ficava na gaveta
Tempo em que divergir era dar adeus à vida
Tempo em que discordar era ser perseguido

O tempo de hoje não será outro tempo?
Por que reviver o que foi tão ruim
Será bom matar clandestinamente os sonhos dos outros?
Será bom matar incandescentemente a esperança dos outros?
Será bom matar perversamente o que os outros têm de melhor?
Será bom matar desesperadamente aquilo que não se tem, mas, se vê no outro?

Pra que serve o título senhor
Pra que serve o tanto falar
Pra que serve o regurgitar de idéias
Pra que serve a nefasta tarefa do pensar – neste caso
Pra que servem os amigos mais íntimos
Pra que serve essa gente que lhe rodeia
Pra que serve esse povo que lhe paga
Pra que serve esse país cheio de Histórias
Pra que serve esse continente sofrido
Pra que serve essa América achada
Pra que serve esse mundo
Pra que serve essas mãos
Pra que esses pés
Pra quê
Pra quê
Você, se pouco me importa?

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