22 julho 2005

SE O PAULO ESTIVESSE VIVO

22 julho 2005
Levi Nauter


"Nossa preocupação deve ser com melhorar a democracia, e não apedrejá-la, suprimi-la, como se ela fosse a razão de ser da falta de vergonha que aí está. (...)...o que devemos fazer é aperfeiçoar as instituições, diminuindo as facilidades que ajudam as práticas antiéticas." (Paulo Freire in Cartas a Cristina, p. 20)


As palavras do grande educador ainda continuam ressonando pelos livros e pelos corredores das academias. É fácil notarmos que lê e diz aos quatro cantos "eu adoro Paulo Freire". Mas poucos têm a práxis freireana. Paulo ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores. Como ele reagiria frente ao que estamos assistindo? As nulidades, como diria Rui Barbosa, estão crescendo assustadoramente. O silêncio de alguns é crítico, o de outros não acontece - infelizmente - por sentir-se político.
Estamos assistindo a um jogo frenético de poder; a trocas meramente político-partidárias, à barganhas por, sim, 'más companhias'.
Contudo há que se ter esperanças, temos de tirá-la do garrão. Temos de reconstruir, refazer nossas ideologias políticas. Inevitavelmente somos políticos, por isso não resta outra alternativa a não ser a morte - caso não aceitemos a renovação da esperança.
Cá comigo, ando atrás dessa dita cuja. Por vezes expulsamos quem não deve enquanto deixamos de lado aqueles que realmente deveriam fazer as malas. Mas a vida é assim mesmo (por vezes caímos nessa...). Resta-nos seguir em frente, torcendo para que os 'maiores' comecem ouvir os supostamente menores.

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