Levi Nauter
Cheguei à escola e de repente fui surpreendido mais uma vez. Foi o quarto
livro que ganhei dos meus queridos colegas de trabalho. Na minha estante já
estão os doutores Flavio Gikovate, Ingedore Koch e Diogo Lara. Agora, será a
vez de um outro Diogo. O Mainardi.
Meus colegas sabem do meu gosto pela leitura e, no emaranhado de
publicações que recheiam as prateleiras das livrarias, optaram por me
presentear com um vale. O vale presente libera que a gente escolha o presente
que tenha exatamente a nossa cara. Mas eu, nesse contexto, não tenho uma cara
definida. Meu único critério é que o livro tem de valer a pena. A vida é curta,
ando pensando. Em razão disso, a música, os livros, os familiares, as viagens,
tudo precisa ser bem aproveitado.
De posse do vale, fui à livraria.
Eu jamais compraria um livro do Mainardi. Como colunista, considero-o um
tanto sem respeito para com os políticos – se bem que, em alguns aspectos, ele
diz o que eu gostaria de dizer. Mas Diogo Mainardi diz secamente,
impiedosamente. Eu fico ‘cheio de dedos’.
Acontece que agora eu sou um pai. Sou pai e quero exercer plenamente
minha paternamente. Talvez por isso, os livros que tratam desse tema andam
chamando mais minha atenção. A queda
fez isso comigo. Chamou-me. Já na livraria folhei-o e a primeira frase me deu
um soco: “Tito tem uma paralisia cerebral”.
E esse é o tema do livro. Um pai relata a trajetória de um filhos que
nasce e, por um erro médico, tem paralisia cerebral. Então a habilidade do
Mainardi vai contando três histórias ao mesmo tempo: a do filho, a própria (a
do pai) e a da arte.
O livro é muito bom.
Colegas, obrigado por essa experiência.